quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Artista da Velocidade

"Quanto mais eu me esforço, mais eu me encontro. Eu estou sempre olhando um passo à frente, um mundo diferente para entrar, lugares onde eu nunca estive antes. É muito solitário pilotar num GP, porém muito cativante. Eu senti novas sensações e eu quero mais. Essa é a minha excitação, minha motivação."
A frase acima pertence a Ayrton Senna, piloto brasileiro da categoria F1.
Três vezes campeão mundial, revolucionou o mundo automobilistico com a sua obsessão em ser o melhor, não medindo esforços para mostrar a si mesmo do que era capaz. Alcançou o sucesso em um meio até então dominado por pilotos Norte-Americanos e europeus totalmente rudes e previsíveis, provando mais uma vez que o talento inato aliado a habilidade torna-se incomparavél, sendo impossivél equiparar-se com qualquer outro, mesmo este sendo considerado bom. Realmente ele tinha um dom e acima de tudo, coragem.
As cortinas do palco da fórmula 1 foram fechadas e ele de forma abrupta, durante o grande prêmio de San Marino, no ano de 1994, com a idade de 34 anos completos, vítima de uma falha mecânica em sua caixa de direção, levando sua Williams a colidir em meio á sétima volta violentamente contra o muro de concreto.
Morreu da maneira mais honrosa que poderia ter. Morreu fazendo o que mais gostava, contemplado pelo destino a não ser obrigado vivenciar o melancólico fim de carreira, fato que assola todos os profissionais do esporte, no geral de maneira precoce. Nada mais justo para alguém que foi e continua sendo considerado gênio, mas levou sua vida de maneira simples, sem deixar-se iludir pelos holofotes da fama. Obteve resultados incríveis, que até hoje ainda não foram superados.
Acredito que a melhor forma de definir a tragédia ocorrida em solo italiano foi dita na época pelo jornalista Roberto Cabrini, noticiando o fato da seguinte maneira: "Morreu Ayrton Senna da Silva (...) Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar."
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"Ahh! Desde que Senna não corre mais, não é mais domingo". (Cesare Cremonini)
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"Ele é e sempre será o melhor. The best". (Tina Turner)
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"Este show é dedicado a memória de Senna, quer vocês gostem ou não". (Joey Ramone)
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" Se eu tivesse 10% do talento e da astúcia dele, poderia me considerar um bom piloto, mas como não tenho, fico contente em saber que quando parar, serei lembrado por ser seu eterno rival nas pistas, mesmo que nunca consiga superá-lo". (Nigel Mansell)
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"Estou extremamente decepcionado comigo mesmo. Novamente perdi pra ele (...) Não sei, mas acho que seu carro tem dois motores". (Alain Prost)
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"Eu já estava com a pole, por meio segundo à frente do segundo colocado, e depois um segundo. De repente, eu estava próximo de abrir dois segundos à frente dos outros, incluindo meu companheiro de equipe com o mesmo carro. Então eu percebi que eu não estava mais pilotando com consciência. Eu pilotava por instinto, me sentia numa outra dimensão. Era como se eu fosse entrar num túnel. Não apenas o túnel sob o hotel, mas todo o circuito parecia um túnel. Eu estava apenas indo e indo, mais e mais e mais (…) Eu estava acima dos limites e achava que ainda era possível buscar alguma coisa mais".
Declaração de Ayrton Senna após o treino classificatório para o GP de Mônaco realizado em 07/05/1989.

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